Seja bem vindo
Campo Grande,18/10/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Polônia reage a ataques com drones russos e envia recado duro: “Estamos prontos para responder”


Polônia reage a ataques com drones russos e envia recado duro: “Estamos prontos para responder”

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, elevou o tom nesta quarta-feira (10) ao afirmar que o país está preparado para responder “sem hesitar” a novos ataques russos. O alerta surge após relatos de drones lançados por Moscou terem cruzado o espaço aéreo polonês na fronteira com a Ucrânia, reacendendo a tensão no flanco oriental da OTAN.

Em coletiva realizada em Varsóvia, Tusk classificou o episódio como “grave violação da soberania” e garantiu que o governo já articula medidas conjuntas com aliados da Aliança Atlântica. “A Polônia não será intimidada. Qualquer ameaça será respondida de forma imediata e proporcional”, declarou o premiê, visivelmente firme diante da imprensa internacional.


Cenário geopolítico em ebulição

O incidente não é isolado. Nos últimos meses, a Rússia intensificou ataques com drones kamikaze em cidades ucranianas próximas à fronteira, o que, segundo militares poloneses, aumenta os riscos de colisões e incursões acidentais no espaço aéreo da Polônia.

Autoridades de defesa polonesas confirmaram que radares detectaram movimentos aéreos suspeitos na madrugada, mobilizando caças e sistemas de monitoramento. Nenhum alvo foi abatido, mas o episódio foi classificado como “teste de limites” por especialistas em segurança internacional.

“O recado da Rússia é claro: desafiar a paciência da OTAN. Mas a resposta polonesa indica que não haverá recuos estratégicos”, avaliou o analista militar Andrzej Kowalski, em entrevista à TVN24.


Pressão sobre a OTAN

A fala de Tusk ecoa dentro do bloco militar. Aliados como Alemanha, EUA e Reino Unido já manifestaram solidariedade, reforçando que qualquer ataque direto à Polônia será considerado ofensiva contra toda a OTAN — o chamado Artigo 5, cláusula de defesa mútua.

Em paralelo, diplomatas poloneses pressionam Bruxelas e Washington por mais baterias antiaéreas e revisão dos protocolos de interceptação em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia.


Risco calculado ou provocação planejada?

Para analistas, Moscou pode estar testando a resiliência da aliança ocidental, enquanto tenta manter a pressão psicológica sobre Kiev e seus apoiadores.

“A Rússia sabe que um confronto direto com a OTAN é improvável, mas busca desgastar os países vizinhos, elevar custos militares e plantar dúvidas internas sobre até onde vale a pena bancar a guerra ucraniana”, explica Kowalski.


O que esperar nos próximos dias

A expectativa é de que o parlamento polonês aprove, ainda esta semana, um pacote emergencial de reforço aéreo. O plano prevê ampliar bases de vigilância no leste do país e acelerar a compra de drones de defesa de fabricação turca e sul-coreana.



















Enquanto isso, Donald Tusk reforça sua postura de “linha vermelha”. “Não se trata apenas da segurança da Polônia, mas da estabilidade da Europa. Nossa resposta será firme, porque estamos defendendo mais do que nossas fronteiras — estamos defendendo nossos valores”, concluiu. 

O recado de Varsóvia é cristalino: qualquer violação territorial será tratada como ato hostil. Num tabuleiro internacional já marcado pela guerra na Ucrânia, a Polônia se posiciona não apenas como vizinha atenta, mas como sentinela da OTAN — preparada para transformar defesa em dissuasão.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login